Não é novidade que as reinfecções são uma realidade. Porém, estão acontecendo cada vez mais e cada vez mais cedo, como comprova um estudo realizado por pesquisadores do Statens Serum Institut (SSI), da Dinamarca, que mostra evidências de que a subvariante BA.2 da Ômicron pode provocar uma reinfecção por SARS-CoV-2 num intervalo de apenas 20 dias.
Segundo o documento, publicado na plataforma medRxiv, os cientistas tiveram acesso a amostras de aproximadamente 1,8 milhão de casos de infecções por coronavírus – independente da variante – na Dinamarca, no período de 22 de novembro de 2021 a 11 de fevereiro de 2022. Através do sequenciamento do genoma completo do vírus, selecionaram os casos de reinfecções pela BA.2 num intervalo temporal de 20 a 60 dias após a primeira infecção por BA.1.
De um total de 187 casos de reinfecção, foram identificados 47 pela BA.2, logo após uma infecção por BA.1, sobretudo entre jovens com uma média de idade de 15 anos e não vacinados. A maioria desenvolveu sintomas leves. Também não foram registrados óbitos.
“Para a Delta, a proteção era, em média, de três meses. Com a Ômicron e as novas subvariantes, isso mudou. Há relatos de reinfecção em até 20 dias”, escreveu a médica epidemiologista Denise Garrett, na rede social Twitter.