A farmacêutica pediu à Anvisa a autorização de seu medicamento em novembro do ano passado
De acordo com a agência, nos ensaios clínicos, o molnupiravir mostrou efeitos benéficos no tratamento de pacientes adultos com quadros leves e moderados da doença, com capacidade de reduzir os casos de hospitalização e mortes.
A farmacêutica pediu à Anvisa a autorização de seu medicamento em novembro do ano passado.
A venda do medicamento ocorrerá sob prescrição médica. Ele é contraindicado para menores de 18 anos e para grávidas. Também não é recomendado para o início de tratamento em pacientes com Covid que precisam de hospitalização, para uso por mais de cinco dias consecutivos e durante a amamentação.
Segundo a Anvisa, o medicamento deve ser usado durante os cinco primeiros dias após o início dos sintomas, e a dosagem em adultos é de 800 mg (quatro cápsulas de 200 mg) por via oral, a cada 12 horas, e por cinco dias.
Ao votar a favor do molnupiravir, a relatora do processo na agência, Meiruze Freitas, ressaltou que o medicamento não substitui a vacina.
“A vacinação continua sendo a melhor estratégia para evitar a Covid-19 grave, hospitalizações e óbitos”, afirmou.
O medicamento já foi aprovado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e também nos Estados Unidos, na Europa, no Reino Unido, no Japão e na Austrália. Ao todo, está em uso em 17 países.
Em fevereiro, a farmacêutica MSD divulgou os resultados preliminares de um ensaio clínico que apontou uma eficácia na redução do risco de hospitalização por Covid superior a 65%, quando comparada ao tratamento padrão sozinho.
Recentemente, no fim de março, a diretoria colegiada da Anvisa aprovou também o uso emergencial da Paxlovid, a pílula da Pfizer para a Covid-19.
A pílula é composta por comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir, sendo indicada para o tratamento da Covid-19 em adultos que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado de progressão para a forma grave da doença.