Dólar fecha em alta pelo terceiro dia consecutivo, cotado a R$ 4,74

Nesta quinta-feira (7), a moeda norte-americana avançou 0,53%, a R$ 4,7409.

Por g1

O dólar fechou em alta de 0,53%, cotado a R$ 4,7409, nesta quinta-feira (7). Foi o terceiro pregão consecutivo de avanço da moeda, o que não ocorria há três semanas.

Nesta sessão, os operadores repercutiram um novo dia de fortalecimento global da divisa norte-americana por expectativas de aperto mais intenso dos juros nos EUA.

Com o resultado desta quinta, o dólar reduziu as perdas acumuladas do mês para 0,38% e as do ano, para 14,96%Veja mais cotações.

O que está mexendo com os mercados?

No exterior, os preços do petróleo subiam nesta quinta-feira.

Na véspera, o pessimismo de Wall Street pesou nos mercados após a divulgação de ata do Federal Reserve mostrar que o banco central dos Estados Unidos planeja ser agressivo no combate à inflação.

Os comentários do Fed aumentaram o desconforto dos investidores com a guerra na Ucrânia, surtos de covid-19 na China e inflação alta persistente. A ata da reunião de três semanas atrás mostrou que as autoridades do BC dos EUA concordaram em começar a cortar o estoque de títulos do Tesouro e títulos lastreados em hipotecas do banco central em cerca de US$ 95 bilhões por mês.

Isso é mais do que alguns investidores esperavam e quase o dobro do ritmo da última vez que o banco central americano encolheu seu balanço.

Na cena doméstica, o Ministério de Minas e Energia (MME) indicou José Mauro Ferreira Coelho para a presidência da Petrobras. O nome do executivo foi indicado depois da desistência do economista Adriano Pires. Além dele, o governo federal, indicou Marcio Andrade Weber para a presidência do conselho de administração da estatal. Os novos nomes, porém, ainda precisam ser submetidos à aprovação em assembleia geral ordinária (AGO) prevista para o dia 13.

O recuo do dólar frente ao real em 2022 tem sido favorecido pela disparada nos preços das commodities e perspectiva de manutenção de juros em patamares mais elevados no Brasil. O país possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia.

Juros mais altos no Brasil tornam a moeda local mais interessante para investidores que buscam rendimento em ativos mais arriscados.