Caso semelhante já aconteceu em MS por conta dos incêndios no Pantanal
Regiões do país vizinho de Mato Grosso do Sul, o Paraguai, estão encobertas por tempestades de fumaça, na tarde desta segunda-feira (1°), deixando locais sem visibilidade e dificultando a respiração de moradores, principalmente na Capital de Assunção. Os ventos teriam trazido partículas de fumaça de incêndios que ocorrem na Argentina recentemente
De acordo com o site ABC Color, o fenômeno começou por volta das 17h, trazendo pouca chuva e a nuvem de fumaça que podia ser vista da capital e de regiões metropolitanas. A Direção de Meteorologia e Hidrologia, alertou sobre a tempestade que vinha da Argentina, levando as partículas e fuligem.
A exposição à fumaça traz riscos à saúde, especialistas recomendam que o ideal é evitar ficar exposto próximo a nuvem. Ao La Nacion o médico e ex-ministro da saúde, Carlos Morínigo disse que os moradores devem sair do ambiente poluído, fechando as portas de casa e janelas, além disso, os aparelhos de ar condicionado não devem ser usados porque quando o ar de fora é introduzido na casa, a fumaça vai circular no interior. “Então, é como se você estivesse do lado de fora. Tente usar ventiladores dentro de casa, não condicionadores de ar”, sugeriu.
O alerta requer mais atenção de pessoas alérgicas ou com problemas respiratórios, o ideal é manter o uso dos remédios, antialérgicos e muita hidratação. “Para nós que não temos doenças subjacentes e que de repente irrita os olhos ou faz tossir, a primeira medida é não nos expor e a segunda medida é ter sempre um broncodilatador como o salbutamol à mão e ir ao pronto-socorro, se for o caso, o quadro de desconforto respiratório piora”, disse.
Pode chegar em MS?
Em 2019, a situação parecida aconteceu no Estado, após incêndios na região pantaneira. Campo Grande ficou tomada pela névoa de fumaça densa. O céu ficou escuro, além da aparência de névoa seca e com a condição de elevação de umidade, formou-se a névoa úmida com partículas de cinza e fumaça.
O meteorologista da Estação Meteorológica Uniderp, Natalio Abrahao Filho, disse que mesmo que o Paraguai faça fronteira com o MS, por enquanto, não há possibilidade da mesma tempestade de fumaça chegar no Estado.
“Eu vi os vídeos, são eventos localizados que dificilmente apresentam movimentação externa, onde se formam se dissipam no mesmo”, disse.
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