Após matar Natalin, o militar colocou o corpo da esposa dentro do porta-malas do carro
O MPMS (Ministério Público Estadual) denunciou na última sexta-feira (18), o militar da Aeronáutica, Tamerson de Souza, pelo assassinato de Natalin Nara Garcia de Freitas de 22 anos, que teve o corpo abandonado às margens da BR-060.
A denúncia foi oferecida no dia 18 deste mês e Tamerson indiciado pelos crimes de homicídio por motivo torpe, asfixia, feminicídio, violência doméstica, ocultação de cadáver. Ele foi preso no dia 7 deste mês, quando prestou depoimento na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Em depoimento, Tamerson disse que quando Natalin chegou à residência do casal na madrugada do dia 4, ela teria passado a xingá-lo, ofendê-lo e estapeá-lo, momento em que teria tentado segurá-la aplicando um mata-leão. Natalin caiu desacordada e Tamerson teria tentado acordá-la, mas acabou percebendo que a jovem estava morta.
O militar, então, a teria enrolado em um lençol e colocado o corpo dentro do porta-malas do carro. Ele esperou o dia clarear e levou a filha de 4 anos para a escola, com o corpo escondido no carro. Depois foi até a rodovia e pegou uma estrada de chão, onde desceu, retirou o corpo e o arrastou até o matagal, onde o abandonou.
Em seguida, Tamerson foi para a Base Aérea e depois marcou um encontro com uma prostituta de um site de acompanhante. No entanto, segundo o militar, o encontro aconteceu para ele ‘somente desabafar’ sobre a crise no casamento, não revelando para a mulher que havia assassinado a esposa, e, segundo ele, não aconteceu relação sexual entre os dois.
Ainda em seu depoimento, Tamerson contou que após abandonar o corpo, teria simulado conversas com amigas de Natalin, que estavam preocupadas com seu sumiço. Em uma das conversas em que se passa pela jovem, diz: “Desculpa eu deixar vocês preocupados, mas eu precisava fazer isso. Preciso de um tempo para voltar a ser o que era”.
Tamerson chegou a resetar o celular de Natalin e o anunciou no Facebook pelo valor de R$ 3 mil. O militar ainda diz que ‘estava no seu limite’, que era constantemente humilhado pela esposa, e que cuidava sozinho da menina, que não era sua filha. O militar ainda revelou que o casal estava frequentando terapia de casal, e que há cinco meses não mantinham relação sexual.
Quando questionado sobre o nariz machucado e com sangue em Natalin, Tamerson disse que pode ter ocorrido na hora da queda da esposa no chão, após o mata-leão aplicado na jovem. Para a filha do casal, o militar contou que Natalin havia ficado doente e que tinha morrido no hospital.
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