Investigadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, estão realizando testes com o intuito de apurar o quão eficazes os sprays nasais são nos seres humanos
Um ensaio clínico realizado por investigadores da Universidade de Oxford está atualmente em andamento com o objetivo de entender se o spray com um “sabor doce” pode prevenir infeções pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 sem causar efeitos secundários.
A pesquisa inovadora está acompanhando 30 pessoas que receberam doses líquidas da vacina Oxford/Astrazeneca.
Outras 12 estão recebendo o spray como reforço como parte da fase 1 do ensaio, na esperança de que este possa ser administrado a milhões de pessoas.
Atualmente, as crianças já são vacinadas contra a gripe dessa forma, enquanto os sprays também são usados para tratar alergias sazonais.
O voluntário Lyle Hopkins disse à ITV News que foi “muito melhor” do que pensou que seria, acrescentando: “Eu pensei que iria sentir um formigamento ou algo do gênero, mas mal podia senti-lo. Tinha um sabor doce, tinha um sabor açucarado”.
O médico Sandy Douglas, que lidera a pesquisa, disse que o novo spray poderá acarretar uma série de benefícios – incluindo tornar as vacinas mais ‘atraentes’ para as crianças e adultos que não gostam de agulhas.
Nas palavras do clínico: “receber uma vacina no nariz, pode ser particularmente bom para criar uma resposta imunológica que é direcionada para o nariz e particularmente eficaz em bloquear infecções naquela zona”.
O cientista disse que ainda poderá demorar um ano até que os sprays nasais estejam disponíveis, e pediu para as pessoas a serem vacinadas durante esse tempo de espera.
Testes realizados em hamsters e macacos sugeriram que os sprays nasais podem ser eficazes na criação de uma resposta eficaz de anticorpos.