Sinais precoces de demência podem surgir até 18 anos antes do diagnóstico

E a verdade é que quando se trata de demência, ainda é impossível dizer com exatidão quem está mais propenso a sofrer da patologia. Todavia, um estudo divulgado no jornal Times of India que envolveu mais de duas mil pessoas mostrou que a performance dos indivíduos em testes de memória e de raciocínio pode revelar diferenças em pessoas que irão sofrer de doença de Alzheimer até 18 anos antes do diagnóstico.

De acordo com o teste, que foi concluído 13 a 18 anos antes do término do estudo, verificou-se que uma menor pontuação em testes cognitivos estava associada a um risco 85% superior de possível demência. O que por sua vez também indica que o desenvolvimento da doença de Alzheimer pode começar muitos anos antes do diagnóstico.

Doug Brown, médico e ex-diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Sociedade de Alzheimer, disse: “a demência muitas vezes causa mudanças no cérebro anos antes dos sintomas se tornarem aparentes”.

“Este estudo mostra que pode haver indicações sutis da doença de Alzheimer no pensamento e na memória até 18 anos antes que um diagnóstico formal possa ocorrer”, acrescentou.

Enquanto o médico esclarece que esses testes são incapazes de prever com precisão quem vai desenvolver demência, os mesmos podem ainda assim ser utilizados para detectar que pessoas podem estar mais predispostas a vir a sofrer da patologia. 

Mais ainda, os especialistas ressaltam que existem diferentes variações associadas aos sintomas de demência. Enquanto, alguns podem ser definidos sobretudo por mudanças cognitivas, outros são determinados por mudanças psicológicas.

Os sintomas associados a alterações cognitivas incluem:

  • Perda de memória
  • Dificuldade em encontrar palavras ou completar uma frase
  • Incapacidade de resolver problemas
  • Dificuldade de coordenação
  • Confusão mental

Já os sintomas associados a alterações psicológicas cingem-se a:

  • Depressão
  • Alterações na personalidade
  • Paranoia 
  • Alucinações
  • Ansiedade

Apesar do processo natural de envelhecimento aumentar significativamente a probabilidade de padecer da doença, médicos e investigadores sugerem que o risco pode ser reduzido através da prática regular de exercício físico, da ingestão de uma alimentação saudável e ao manter uma atitude positiva perante a vida.