No documento, o cartel avalia que as principais atividades econômicas do País caminham para a recuperação, apesar das preocupações com a pandemia de covid-19. “De fato, os indicadores atuais sugerem que o PIB real do 2t21 pode ter retornado aos níveis pré-pandêmicos mais rápido do que o resto da América Latina”, ressalta a Opep.
A entidade também destaca que o avanço da vacinação contra o coronavírus “visivelmente” ajudou a reduzir a onda de mortes pela doença. Na visão da Opep, contudo, um indicador que “preocupa” no Brasil é a inflação. Segundo o cartel, a alta nos preços ameaça a recuperação econômica no curto prazo. No relatório, o grupo ressalta a alta de 1 ponto porcentual da Selic na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). “Provavelmente, o BCB vai apertar mais fortemente se a tendência da inflação continuar a se deteriorar.”
PIB global
A Opep também revisou em alta a previsão para o crescimento econômico do mundo neste ano e no próximo, nos dois casos em 0,1 ponto porcentual. Em 2021, o cartel espera agora avanço de 5,6% e, no ano seguinte, de 4,2%.
A Opep adverte que as projeções continuam a ser afetadas por incertezas, como a disseminação da covid-19 e suas variantes, como a delta, mais contagiosa, e o ritmo da vacinação pelo mundo. “Além disso, os níveis de dívida soberana em muitas regiões, junto com pressões inflacionárias e respostas de bancos centrais, continuam fatores cruciais que requerem monitoramento próximo”, ressalta.
A Opep diz que revisou em baixa a previsão para o avanço do PIB dos EUA em 2021, de 6,4% a 6,1%, mas em 2022 a expectativa para o crescimento do país subiu de 3,6% a 4,1%. Para a zona do euro, a expectativa cresceu de 4,1% a 4,7% neste ano e de 3% a 3,8% no próximo. No Japão, seguiu de 2,8% em 2021 e 2,0% em 2022. Já o crescimento econômico da China teve revisão em baixa em 2022, de 6,3% a 6%, mas para o ano atual foi mantida a previsão de avanço de 8,5%.