Devido às chuvas, município já decretou estado de emergência. Produtores não irão conseguir fazer o replantio, já que muitas áreas estão alagadas na região. Além disso, luminosidade menor afeta o desenvolvimento da cultura. Agricultores já confirmaram o aparecimento da ferrugem asiática nas plantações. Com 50% da safra negociada, preocupação é com o cumprimento dos contratos.
As chuvas excessivas continuam sendo uma grande preocupação dos produtores rurais do Sul do Brasil. Com o acumulado de mais de 400 mm de precipitações em dezembro, o município de Aral Moreira (MS) já decretou estado de emergência. Consequentemente, a perspectiva é de uma quebra, projetada inicialmente, entre 15% a 18% na produção de soja na safra 2015/16.
Segundo presidente do Sindicato Rural da cidade, Osvin Mittank, há muitas áreas plantadas com o grão que estão alagadas e não será possível o replantio. “E a luminosidade menor já afetou o desenvolvimento da cultura, que está com porte menor. As precipitações também afetaram as estradas, muitas estão intransitáveis”, ressalta.
Em anos de clima normal, o rendimento médio das áreas fica próximo de 3 mil quilos do grão por hectare. Porém, nessa safra, a produtividade das plantações deve ficar abaixo da média. Paralelamente, o clima úmido tem comprometido a realização dos tratos culturais nas lavouras.
“Só conseguimos realizar os tratos com aplicações aéreas, mas não sabemos se é o procedimento correto e qual será o resultado. A grande preocupação é com o aparecimento das doenças, especialmente a ferrugem asiática que já foi confirmada na nossa região e pode comprometer o rendimento das plantas”, explica Mittank.
Comercialização
Em contrapartida, outra grande apreensão dos agricultores é em relação ao cumprimento dos contratos feitos anteriormente. Diante da valorização do câmbio, os produtores aproveitaram as oportunidades e a projeção é que cerca de 50% da produção estimada para a localidade tenha sido comercializada antecipadamente.
“Esse é um momento de cautela. Orientamos que os produtores não deixem de realizar o monitoramento das áreas, mesmo as que estão alagadas”, finaliza o presidente do sindicato rural.
Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas
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