Deputados federais de Mato Grosso do Sul acreditam que o presidente Jair Bolsonaro tem conduzido mal a gestão, especialmente durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). Além disso, acreditam que a imagem do chefe do executivo nacional esteja desgastada após recentes denúncias envolvendo suposto superfaturamento de vacinas no âmbito do Ministério da Saúde, e o esquema da ‘rachadinha’ detalhado em áudios vazados.
Dagoberto Nogueira (PDT) lamentou a postura do presidente, mas disse que já era esperado despreparo e incompetência. No entanto, alega ter sido surpreendido com as denúncias de corrupção. “Isso foi um fato novo. Eu falei desde o início que isso [incapacidade de administrar] ia acontecer e infelizmente eu acertei. Esse cara não tem condições de ser o presidente da república”, disse.
O deputado lembrou ainda que os erros cometidos por Bolsonaro têm dificultado a vida da população mais pobre. “Infelizmente pelo Brasil, que acaba pagando o pato com isso. É uma situação extremamente delicada, índice de desemprego aumentando, informalidade aumentando, o país empobrecendo, preços galopantes, inflação extremamente alta. Enfim, é o Brasil perdido na mão desse incompetente”.
A deputada Rose Modesto (PSD), por outro lado, foi mais ponderada e disse, no que se refere ao suposto envolvimento do presidente com corrupção, que as investigações devem ser conduzidas preservando o direito de resposta. “Acho que todo mundo pode ser investigado e todo mundo também tem direito ao contraditório”, pontuou.
Por sua vez, Fábio Trad (PSD) falou do desgaste gerado à imagem de Bolsonaro e pediu serieda nas apurações. “Toda denúncia com mínima consistência probatória deve ser investigada. Esta última [denúncia] me parece que não tem a ver com vacinas, de forma que deverá ser investigada pelos órgãos de controle com atribuições para tal. São denúncias que desgastam terrivelmente a imagem do governo que fez campanha prometendo lisura e probidade”.