A condição chama-se ataxia doglúten e ocorre quando o sistema imunológico reage negativamente ao glúten, que está presente em alimentos como o pão, massa, cereais e até cerveja – atacando partes do cérebro.
Nos casos mais sérios, alguns pacientes podem experienciar sintomas semelhantes à incidência de um acidente vascular cerebral (AVC), como por exemplo ter dificuldade para falar ou caminhar, incluindo paralisia. Sendo que se não for tratada a condição pode causar danos cerebrais permanentes.
O The Mail on Sunday mostrou o caso de Lorraine de South Yorks, na Inglaterra, que disse à publicação que pensou que estava “perto de enlouquecer”.
Os sintomas da mulher de 65 anos evoluíram de tal modo que a dado momento chegou a usar muletas para se movimentar.
De início confusos, os médicos não conseguiam entender o que se passava de errado com Lorraine, tendo em conta que a condição é muitas vezes confundida com outras.
“Quando fui pela primeira vez ao médico em 2008, disseram-me que era a menopausa”, disse Lorraine.
“Fui encaminhada para um neurologista, que realizou testes para um possível AVC, mas os resultados estavam normais”.
Só mais tarde e à medida que a saúde da mulher se deteriorava é que a mesma foi referida ao professorMarios HadjivassiliounoAtaxia Centre, emShefflied, que conseguiu finalmente diagnosticá-la e prescrever-lhe um tratamento simples – uma dieta sem glúten.
Infelizmente, a fala de Lorraine permanece arrastada e assim ficará por toda a sua vida, segundo os médicos.
A condição pouco conhecida está intimamente ligada à doença celíaca,com pacientes 16 vezes mais propensos a desenvolver ataxia doglúten. Pensa-se que as duas condições sejam provocadas pelo mesmo defeito genético.