O dólar ultrapassou R$ 5 nesta segunda-feira (16/3), dia em que o mercado atuou com nervosismo novamente. A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) acionou o circuit breaker pela quarta vez desde o início da semana passada, mas o Ibovespa, principal índice de lucratividade da B3, despencou mesmo assim e fechou com queda de 13,92%, aos 71.168 pontos. O dólar bateu R$ 5,046 e não deve voltar ao patamar dos R$ 4,80, segundo o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo. As informações são do Correio Braziliense.
“Hoje, fecha acima dos R$ 5. Não tem muita conversa”, destacou. A explicação, segundo ele, é o reflexo das medidas tomadas nos Estados Unidos. Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, decidiu reduzir os juros, cortando 100 pontos. Ou seja, os juros básicos dos EUA estão em uma banda entre zero e 0,25%. “No domingo, o Fed injetou US$ 700 bilhões e tirou compulsório para sobrar dinheiro”, afirmou.
O que preocupa, mais do que o que veio do exterior, segundo Galhardo, é que, na próxima quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tem reunião para decidir sobre os juros do país. “Está todo mundo falando que vai cair a Selic. Na minha opinião deveria manter, porque o dólar está subindo e o juros futuros também”, disse. Para Galhardo, o patamar agora será entre R$ 5 e R$ 5,50. MIDIAMAX