“Luiz Paraguaio” continua foragido. Uma força-tarefa envolvendo as polícias, Civil, Militar e o DOF (Departamento de Operação de Fronteira) foi montada e as buscas seguem de forma ininterrupta diuturnamente na tentativa de localizar o acusado, informou o delegado.
Vilson Nascimento
O delegado encarregado pelas investigações do caso, Dr. Marcos Werneck, indiciou e representou, junto ao Poder Judiciário, pela prisão pela prisão preventiva de Luiz Fernandes, o “Luiz Paraguaio”, 54 anos, acusado de matar a tiro o patrão, o ex-prefeito de Amambai e atual assessor especial no Escritório de Gestão Política de Mato Grosso do Sul, Dirceu Lanzarini.
Segundo o delegado, Luiz Paraguaio, que até a noite dessa terça-feira (25) permanecia foragido, foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado pelo recurso que torna impossível a defesa da vítima, no caso do assassinato de Dirceu Lanzarini e tentativa de homicídio qualificado pelo recurso que torna impossível a defesa no caso do genro do ex-prefeito, Kesley Aparecido Vieira Matriocardi, de 33 anos, que levou um tiro no chamado “trajeto em chuleio” (quando a mesma munição transfixa e provoca dois ferimentos na vítima), além de porte de arma de fogo de uso restrito.
O atentado contra o ex-prefeito e seu genro aconteceu no final da manhã dessa segunda-feira, 24 de fevereiro, na fazenda da vítima, situada a cerca de 30 quilômetros da cidade, em Amambai.
Após ser socorrido pelo próprio genro até o aquartelamento do Corpo de Bombeiros, em Amambai, o ex-prefeito recebeu toda a assistência possível, tanto por parte dos bombeiros como da equipe de plantão do Hospital Regional, em Amambai, mas não resistiu e morreu no período da tarde quando já passada por atendimento especializado no Hospital do Coração, em Dourados.
A dinâmica dos fatos
Após tomar conhecimento do ocorrido a Polícia Civil de Amambai passou a atuar nas investigações do caso e ao mesmo tempo em que equipes realizavam as diligências, que ainda continuam na tentativa de encontrar o autor, o delegado responsável pelas investigações, Dr. Marcos Werneck, passou a ouvir testemunhas, entre elas familiares do acusado e inclusive o genro de Lanzarini, Kesley Matriocardi, que estava com ele hora do atentado.
As investigações também levantaram, segundo o delegado, que depois de atirar contra o ex-prefeito, Luiz Paraguaio teria ligado para a família, que estava na cidade, em Amambai, dizendo que havia matado Dirceu Lanzarini por que o ex-prefeito teria o ofendido muito.
No contraponto dessa versão, em seu depoimento na Delegacia, o genro de Lanzarini disse que não houve discussão. As poucas palavras de o ex-prefeito teria trocado com o acusado, que era seu funcionário há pelo menos dez anos, foi a pergunta se um pick-up que estava próximo ao local seria de uma pessoa conhecida de ambos e outra pergunta sobre a questão de um plantio na propriedade.
Segundo o delegado, as investigações apuraram que Dirceu Lanzarini foi atingido por um único tiro na cabeça e a curta distância.
As investigações apuraram também, segundo a polícia, que Luiz Paraguaio estaria próximo a janela, do lado do carona na S-10 cor prata pertencente à vítima, mesmo lado que Dirceu Lanzarini estava.
Ele teria sacado o revólver, que estava em sua cintura e efetuado os primeiros dois disparos a “queima roupa”, um que atingiu Dirceu Lanzarini e o outro que feriu o genro.
Nesse momento Kesley, que estava na direção, teria acelerado a caminhonete, mas Luiz Paraguaio teria continuando atirando contra o veículo até descarregar a arma.
Crime foi premeditado, diz polícia
Pelo que as investigações levantaram a Polícia Civil aponta que Luiz Paraguaio, que até então não tinha passagem pela polícia, premeditou o assassinato do patrão.
Os indícios para essa hipótese são o fato de ele ter deixado a família, que sempre estava com ele na fazenda, naquela ocasião na cidade e também o fato de ele estar com a arma na cintura, coisa que as investigações levantaram não ser costumeiro por parte dele.
Na casa da fazenda, onde Luiz Paraguaio morava a polícia encontrou várias munições calibre 38 de origem estrangeiras. Como a polícia apurou nas investigações, segundo o delegado, que ele possuía arma há pelo menos dez anos, ficou caracterizado, segundo a Polícia Civil, o indiciamento por porte de arma de uso restrito.
A polícia apurou também durante as investigações, segundo o delegado, que um desacordo financeiro por conta de comissão de safra entre patrão e empregado teria motivado o crime.
As investigações continuam. Segundo o delegado, Dr. Marcos Werneck, uma força-tarefa envolvendo as polícias, Civil, Militar e o DOF (Departamento de Operação de Fronteira) foi montada e as buscas seguem ininterruptas diuturnamente na tentativa de localizar o acusado.
A Polícia Civil de Amambai solicita a quem souber do paradeiro de Luiz Fernandes, o “Luiz Paraguaio” para contatar, mesmo que de forma anônima, a Delegacia local por meio do fone (67) 3481-1415 ou a Polícia Militar por meio do 190.
Fonte: A Gazetanews