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O fenômeno ocorreu após o desprendimento de pedaços do asteroide 2003 YT1, que fica relativamente próximo à Terra
“Descobrimos a verdadeira identidade da bola de fogo”, diz Toshihiro Kasuga, cientista do NAOJ e da Universidade de Kyoto Sangyo. “Ele tem uma órbita semelhante à do asteroide 2003 YT1, que fica próximo da Terra, provavelmente é seu corpo pai”, completa.
O 2003 YT1 é um asteroide brilhante de aproximadamente 1,9 km de diâmetro, posicionado em uma órbita que ocasionalmente se aproxima da Terra. Quando se encontra próximo, ele está um pouco mais distante que a Lua, e é classificado como um asteroide potencialmente perigoso.
Pesquisadores acreditam que ele está lançando pedaços e poeira no espaço, e que esse material foi o responsável pela bola de fogo vista em 2017. “O potencial desmembramento da rocha pode ser perigoso para a vida na Terra”, diz Kasuga. “O corpo do asteroide pai pode se quebrar e os detritos resultantes podem atingir a Terra nos próximos dez milhões de anos”, informa.
Este asteroide em particular libera mais poeira e rochas que a maioria dos corpos do espaço devido à sua instabilidade rotacional. Como o asteroide é aquecido pelo Sol, ele produz uma pequena quantidade de empuxo, que é acompanhada por um recuo. Esse recuo torce o asteroide, às vezes contra a força da gravidade. Com isso, pequenos pedaços se soltam.
“As partículas liberadas podem entrar na atmosfera da Terra e parecer com bolas de fogo, o que foi exatamente o que aconteceu em 2017”, explica Kasuga.
O evento de 2017 pode ter causado pânico em diversas pessoas, mas não ameaçava a vida local devido ao seu tamanho. No entanto, podemos não ter tanta sorte no futuro se pedaços maiores se soltarem de asteroides próximos.
“A bola de fogo de 2017 e seu asteroide pai nos deram uma visão de como funciona o desprendimento de material. Em seguida, criamos previsões de objetos potencialmente perigosos que se aproximam da Terra. A ciência de meteoros pode ser um recurso poderoso para dar passos avançados em direção à defesa planetária”, conclui Kasuga.