Dados da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) apontam que de janeiro a novembro deste ano a China importou 2,3 milhões de toneladas de soja produzidas no Estado. Principal destino das exportações sul-mato-grossenses, o país asiático pagou US$ 813 milhões pelo produto.
Isso representa 75,18% do volume total comercializado no mercado internacional desde o início do ano, de 3 milhões de toneladas. Trata-se de uma retração de 39,3% em relação ao mesmo período em 2018, segundo o mais recente boletim Casa Rural.
Somente no mês passado foram exportadas 162 mil de toneladas da oleaginosa, volume 52,74% inferior ao de novembro de 2018. Desde o início deste ano, as receitas totalizaram US$ 1,08 bilhão, retração de 46,3% no comparativo com os 11 primeiros meses do anterior.
Ainda de acordo com o boletim Casa Rural, em 6 de dezembro os produtores estaduais concluíram o plantio da safra atual, numa área estimada em 3,163 milhões de hectares. Houve atraso por causa da falta de chuvas. Na safra passada, a semeadura acabou em 22 de novembro.
Apesar dessas adversidades climáticas, a entidade representativa do setor produtivo manteve a expectativa de produção de 9,906 milhões de toneladas, com produtividade média de 52,19 sacas por hectare.
A publicação cita ainda levantamento realizado pela Granos Corretora, segundo o qual, até 9 de dezembro, o Mato Grosso do Sul já havia comercializado 36% da safra 2019/20, avanço superior a quatro pontos percentuais comparado a mesmo índice apresentando em igual período em relação à safra 2018/19, de 31,34%.
Conforme o relatado pelos pesquisadores do Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), o plantio foi finalizado nas três regiões acompanhadas (norte, sul e centro) entre 2 e 6 de dezembro.
“Produtores realizaram tratos culturais de controle de insetos, plantas daninhas e doenças, no entanto, até o momento a infestação de pragas está dentro da normalidade. A previsão do tempo para a segunda semana de dezembro é de volumes significativos de chuva, até o momento o clima mantém-se favorável ao desenvolvimento da cultura”, detalharam.