Mercado termina a sessão sem muita força diante da falta de notícias em um dezembro esvaziado
SÃO PAULO – O dólar foi o único ativo que teve um movimento mais forte nesta segunda-feira (9). Em geral, os investidores ficaram aguardando por novidades na guerra comercial e mostraram algum desconforto em assumirem posições claras antes da quarta-feira (11), que trará as decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve.
O Ibovespa fechou em leve baixa de 0,13%, a 110.977 pontos com volume financeiro negociado de R$ 18,497 bilhões.
Já o dólar comercial caiu 0,4% a R$ 4,1285 na compra e a R$ 4,129 na venda. Foi o menor valor desde 7 de novembro, quando bateu R$ 4,09. O dólar futuro com vencimento em janeiro de 2020 registrava moderada variação negativa de 0,01%, a R$ 4,145.
No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 sobe dois pontos-base a 4,63% e o DI para janeiro de 2023 tem ganhos de um ponto a 5,74%.
Entre os indicadores, destaque para a revisão das expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019. Os economistas consultados pelo Relatório Focus do Banco Central elevaram as projeções de 0,99% para 1,1%. Para 2020, a previsão subiu de 2,22% para 2,24%.
Já a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi elevada de 3,52% para 3,84% em 2019 e mantida em 3,6% para 2020.
Para a Selic, a projeção foi mantida em 4,5% para 2019 e 4,5% para 2020. A taxa de câmbio foi elevada de R$ 4,10 em 2019 para R$ 4,15 e de R$ 4,01 em 2020 para R$ 4,10.
No exterior, em entrevista à CNBC, Larry Kudlow, conselheiro econômico da Casa Branca, disse que os EUA e a China estão próximos a um acordo, mas sugeriu que Trump pode “ir embora” das negociações se certas condições não forem atendidas por Pequim.
No domingo, a China informou que suas exportações caíram 1,1% em novembro, a quarta queda mensal consecutiva, o que pode reforçar a urgência em fazer um acordo comercial com os americanos. As bolsas europeias operam em baixa.
Entre as commodities, o minério de ferro dispara mais de 4% em Cingapura e supera US$ 90 a tonelada após líderes da China prometerem manter o crescimento em nível razoável e fortalecer investimentos em infraestrutura.
Noticiário corporativo
A JBS confirmou que estuda a abertura de capital nos Estados Unidos, mas negou que o plano da empresa seja transferir a sede para o exterior.
Segundo a JBS, a abertura de capital no mercado americano faz parte de um plano para dar melhor estrutura financeira para o grupo concorrer no mercado mundial.
A concessionária CCR fará no dia 16 uma emissão de debêntures para levantar R$ 800 milhões. A operadora de telefonia Oi pediu ao judiciário que a supervisão judicial sobre as empresas do grupo não termine em 2 de fevereiro de 2020, quando a recuperação judicial do grupo Oi completará dois anos.