Campo Grande já registra 57 casos de homicídio até outubro
Mais uma vítima da violência em Campo Grande, Emanuel Gomes dos Reis, de 44 anos, foi morto com dois tiros enquanto capinava o quintal de casa, na manhã desta segunda-feira (11), na residência onde morava com o irmão mais novo no Jardim Colibri. A família não sabe se Emanuel tinha algum rival mas informou que ele era alcoólico e estava fazendo tratamento psiquiátrico.
Nesse fim de semana, outro caso que chocou a cidade foi a morte de Ronei Cesário dos Santos 27 anos assassinado no último sábado. A vítima teve o corpo arremessado – por dois suspeitos- dentro do córrego anhanduí, em frente de shopping localizado na Avenida Ernesto Geisel. Os suspeitos foram localizados e já passaram por audiência de custódia.
Campo Grande já registra 57 casos de homicídio doloso- quando há intenção de matar- de janeiro a outubro, segundo a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp). Índice abaixo do registrado no ano passado, quando a secretaria registrou 77 casos durante o mesmo período apenas na Capital. A estatística registrada no Estado é bem maior, contanto os municípios fronteiriços.
EM PLENA LUZ DO DIA
Segundo informações do irmão mais novo da vítima, que não quis ser identificado, ele fazia tratamento psicológico e era alcoólico, mas não sabia se o irmão tinha rival ou não. “A gente tomou café hoje cedo e ele foi carpir, eu sai, quando voltei encontrei ele caído perto do portão”, disse o irmão mais novo.
Vindo de Coxim, o irmão mais velho contou que Emanuel não tinha filhos e nunca casou. Ele criticou a segurança no bairro e teme pela vida do irmão mais novo. “A polícia passa aqui de vez em quando, agora a gente fica com medo de deixar meu outro irmão aqui né”, contou.
A Polícia Militar foi acionada no local, além da Polícia Civil com o Grupo de Operações e Investigações da Polícia Civil (GOI) e perícia. O suspeito do crime não foi visto por vizinhos e o caso será investigado como homicídio doloso.
Testemunhas que moram na região e não quiseram se identificar informaram nos fundos da rua onde o crime aconteceu tem um córrego que é frequentado por usuários de drogas. CORREIO DO ESTADO