Carregamento tinha como destino o porto de Santos e depois a Europa, onde renderia pelo menos R$ 170 milhões aos traficantes
Pesou 652 quilos o carregamento de cocaína apreendido ontem (25) pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Dourados, a 233 km de Campo Grande.
A droga estava em compartimentos ocultos na carroceria de duas carretas carregadas com milho a granel, como mostra o vídeo abaixo. O destino final da cocaína era a Europa, onde a carga renderia pelo menos R$ 170 milhões aos traficantes.
Os dois motoristas, de 37 e 39 anos de idade e moradores em Arroio do Meio (RS), foram presos e serão autuados por tráfico internacional. Os nomes não foram divulgados. Eles confessaram que receberiam cada um R$ 25 mil para levar a cocaína até o porto de Santos, de onde a droga seria enviada de navio para países europeus.
A carga foi descoberta pelo serviço de inteligência da delegacia da PRF em Dourados e os dois motoristas presos na BR-163, saída para Campo Grande. As duas carretas tinham sido carregadas com milho em uma fazenda em Ponta Porã. A carga de milho é legal e não há suspeita de envolvimento do proprietário com o tráfico.
De acordo com o inspetor Waldir Brasil Junior, chefe da PRF em Dourados, o milho seria descarregado em Maringá (PR), onde os dois motoristas pegariam outra carga com destino ao porto. Lá a droga seria retirada do esconderijo e colocada em containers.
Com essa apreensão, segundo o inspetor, chega a quatro toneladas a quantidade de cocaína apreendida pela delegacia da PRF em Dourados neste ano – quatro vezes o volume interceptado nos 12 meses de 2018, quando foram apreendidos 900 quilos.
Outra apreensão – Na quinta-feira (24), outras duas carretas, com 170 quilos de cocaína, foram apreendidas pela PRF em Dourados. A carga lícita de soja também tinha saído de Ponta Porã com destino a Maringá, de onde os motoristas pegariam outro carregamento com destino ao porto de Santos.
Segundo a polícia, o aumento das apreensões está ligado à forte presença de facções criminosas na fronteira com o Paraguai. As quadrilhas assumiram a rota da cocaína que vem da Bolívia para o Paraguai e depois para o Brasil. Cgnews