O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (17), em dia marcado por volatilidade em meio a ajustes de investidores, apesar do cenário externo mais tranquilo após o acordo para o Brexit entre o Reino Unido e a União Europeia. A moeda norte-americana subiu 0,4%, a R$ 4,17. Na máxima do dia chegou a subir 0,65%, a R$ 4,1806. Na mínima, recuou 0,63%, a R$ 4,1271.
Na semana e no mês, o dólar acumula alta de 1,85?,36%, respectivamente. No ano, há avanço de 7,64%. O movimento de sobe e desce é reforçado por ajustes de investidores. Jefferson Rugik, diretor superintendente da Correparti Corretora, disse à Reuters que, “quando o dólar bateu a mínima, o valor serviu de oportunidade de saída para os fundos estrangeiros que já estão em ritmo de fuga do país”.
Saída de dólares do Brasil
Na quarta-feira, o Banco Central divulgou dados do fluxo cambial do país, que apontaram para um déficit de US$ 3,186 bilhões entre 7 e 11 de outubro. Os dados marcaram a nona semana consecutiva de fluxo negativo no Brasil, com o país registrando perda de US$ 17,788 bilhões em termos líquidos no período.
Segundo operadores, o fluxo de saída de capital é consequência das expectativas de mais cortes na taxa básica de juros pelo BC. Isso porque uma nova redução da Selic pode piorar a relação entre risco e retorno de aplicações na renda fixa no Brasil.
Ainda no cenário interno, investidores também se mantêm atentos ao julgamento que pode rever a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o início de cumprimento da pena após a condenação em segunda instância nesta quinta-feira.
Cenário externo
A confirmação de um novo acordo do Brexit impulsionou os mercados financeiros da Europa nesta manhã, elevando os principais índices acionários do continente a um pico de um ano e meio. Mas as ações terminaram os negócios em queda, por conta de preocupações sobre o apoio ao pacto no parlamento britânico.
O anúncio de que o Reino Unido e a União Europeia chegaram a um novo acordo sobre o Brexit foi feito horas antes da reunião em Bruxelas para apreciar e votar o acordo. Posteriormente, o texto também deve ser aprovado pelo Parlamento britânico. Boris Johnson encontra resistência para reunir maioria dos parlamentares para aprovar o novo texto em uma sessão extraordinária que deve acontecer no sábado.
Fonte: Fiems