Campo Grande (MS) – A Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco), assumiu as investigações que envolvem uma aeronave que pousou irregularmente em uma propriedade particular de Ribas do Rio Pardo, na semana passada. O helicóptero foi removido para Campo Grande no sábado (14).
A ação que resultou na apreensão do helicóptero foi realizada em conjunto entre a Deco, o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) e SIG (Setor de Investigações Gerais) de Ribas do Rio Pardo.
Conforme a Polícia Civil, assim que o helicóptero realizou o pouso, policiais civis efetuaram a abordagem do piloto, que estava sozinho e foi identificado como D. A. S., 42 anos, que ao ser interpelado pelos policiais apresentou versões contraditórias sobre a estada na cidade. Por fim, acabou admitindo que chegou em Ribas do Rio Pardo na quarta-feira (11), para encontrar com um comparsa, J. R. S., 53 anos, e juntos irem para uma fazenda em outro município.
Na segunda propriedade rural, os acusados carregariam a aeronave com drogas, muito provavelmente cocaína, e fariam o transporte para outra localidade. O piloto ainda admitiu que não tinha um plano de voo, reconhecendo as irregularidades cometidas, principalmente pelo fato de ter pousado sem autorização em uma propriedade privada.
Após inúmeras diligências, os policiais civis localizaram J. R. S., mencionado pelo piloto. Ele disse desconhecer o plano para o carregamento de drogas e relatou que apenas daria um auxílio ao piloto com a gasolina. Os dois suspeitos foram conduzidos para a Delegacia da Polícia Civil em Ribas do Rio Pardo, onde foram indiciados pelos crimes de atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo (art. 261 do Código Penal) e associação para o tráfico de drogas (art. 35, caput, da Lei nº 11.343/06).
Esta é a primeira apreensão de aeronave realizada em Ribas do Rio Pardo. Dada a complexidade do caso, que envolve quadrilha especializada no tráfico de drogas, foi repassado para a Deco, que ficará responsável pelas investigações.
Publicado por: JOELMA BELCHIOR