Homem teria furtado corpo de cemitério por “pacto” de amor
O caso que chocou a pequena cidade de Dois Irmãos de Buriti teve detalhes divulgados pela Polícia Civil. O furto do corpo de Rosilei Potronieli, 37 anos, em cemitério do município, ocorreu por conta de um “pacto” de amor feito anos antes entre a mulher e o ex-namorado dela, policial militar aposentado José Gomes Rodrigues, de 57 anos, autor do plano.
José e Rosilei tiveram um relacionamento de términos e reconciliações por muitos anos. Edson Maciel Gomes, primo de José, preso por participação no furto do corpo revelou sobre o “pacto”.
Conforme ele, entre as idas e voltas do casal houve a promessa de serem sepultados próximos um do outro.
A delegada Nelly Gomes dos Santos Macedo divulgou essas informações em coletiva de imprensa, nesta manhã (15).
Conforme o portal do jornal Correio do Estado, a delegada apontou que a relação dos dois sempre foi conturbada e apresentou boletins de ocorrência registrados pela mulher contra o ex. São casos de ameaças, violência doméstica e até estupro.
Inclusive José estava preso por ter feito ameaças a Rosilei, quando ela foi morta a facadas em um bar em Terenos. O autor do homicídio está preso.
Conforme divulgado pela delegada, após liberado da delegacia, José ficou indignado ao saber que a mulher já havia sido sepultada.
Ele então resolveu beber com o primo e o “intimou” a resolver um problema com ele, em Dois Irmãos do Buriti e falou sobre o “pacto”. O plano foi inicialmente recusado por José, conforme ele, no entanto aceitou após ameaças do primo.
Conforme informações policiais, os dois saíram de Terenos e chegaram ao cemitério ainda bêbados. Com auxílio de pás, eles retiraram o corpo da cova, colaram em um carrinho de mão quebrado e depois no porta malas do veículo em que estavam.
Uma cova já havia sido aberta e preparada para receber a mulher, em uma chácara em Campo Grande e a dupla se encaminhou para lá.
A polícia constatou que foi colocado um tapete na cova e travesseiro para receber o corpo. Além disso, José lavou o corpo e vestiu novamente antes de enterrá-lo na cova rasa. Velas foram acesas e colocadas próximas ao local em que o policial aposentado começou ia para “conversar” com a vítima.
Na propriedade onde a cova foi aberta moram as filhas de José. Elas ficaram sabendo do plano assim que o pai chegou na chácara, mas, se recusaram a ajudar e se trancaram em casa.
Segundo Edson, a intenção do primo era se manter diariamente próximo da vítima. Isto porque ao lado da cova ele teria dito várias vezes: “A gente tinha feito esse pacto. Eu cumpri. Agora você está perto de mim”.
O Correio do Estado aponta que a delegada conversou com José que, negou o crime.
Edson Maciel Gomes está na delegacia à disposição da Justiça.