Uma modelo e influenciadora digital egípcia foi presa após posar para uma sessão de fotos em Saqqara, um sítio arqueológico da cidade de Gizé. Segundo autoridades do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, Salma El-Shimy não tinha autorização para o “shooting”, além de estar vestindo trajes “inadequados” — um vestido branco curto com cinto e colares de inspiração faraônica. Hossam Muhammed, fotógrafo que acompanhava Salma, também foi detido.
Em entrevista à emissora de TV americana CBS, ele contou que os dois haviam chegado a um acordo com a equipe do sítio arqueológico, que permitiu à dupla fotografar por 15 minutos junto à pirâmide de Djoser, a mais antiga do país.
A legislação do Egito estipula que quem quiser tirar fotos ou vídeos para fins comerciais em sítios arqueológicos deve obter uma licença do Ministério do Turismo e Antiguidades.
À CBS, a direção do sítio revelou que quatro de seus funcionários e dois integrantes do ministério foram convocados para prestar depoimentos sobre o caso, que segue sob investigação.
Nas fotos da polêmica sessão, Salma El-Shimy refere-se a si mesma como a Rainha Malban-titi, mesclando um nome que combina a palavra árabe para doces deliciosos turcos (“malban”) e a antiga rainha egípcia Nefertiti. Há também várias menções a Cleópatra em suas postagens.
Modelo e fotógrafo foram liberados sob uma fiança de 1 mil libras egípcias (pouco mais de R$ 330). Mas além da investigação oficial, Salma também enfrenta um processo movido por um advogado egípcio que a acusa de “distorcer a civilização e insultar a grande história faraônica”. Um membro do parlamento do Egito também pediu a imposição de “punições mais severas” à influenciadora.
Redação Notícias7 de dezembro de 2020·2 minuto de leitura
Uma modelo e influenciadora digital egípcia foi presa após posar para uma sessão de fotos em Saqqara, um sítio arqueológico da cidade de Gizé. Segundo autoridades do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, Salma El-Shimy não tinha autorização para o “shooting”, além de estar vestindo trajes “inadequados” — um vestido branco curto com cinto e colares de inspiração faraônica. Hossam Muhammed, fotógrafo que acompanhava Salma, também foi detido.
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Em entrevista à emissora de TV americana CBS, ele contou que os dois haviam chegado a um acordo com a equipe do sítio arqueológico, que permitiu à dupla fotografar por 15 minutos junto à pirâmide de Djoser, a mais antiga do país.
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A legislação do Egito estipula que quem quiser tirar fotos ou vídeos para fins comerciais em sítios arqueológicos deve obter uma licença do Ministério do Turismo e Antiguidades.
À CBS, a direção do sítio revelou que quatro de seus funcionários e dois integrantes do ministério foram convocados para prestar depoimentos sobre o caso, que segue sob investigação.
Nas fotos da polêmica sessão, Salma El-Shimy refere-se a si mesma como a Rainha Malban-titi, mesclando um nome que combina a palavra árabe para doces deliciosos turcos (“malban”) e a antiga rainha egípcia Nefertiti. Há também várias menções a Cleópatra em suas postagens.
Modelo e fotógrafo foram liberados sob uma fiança de 1 mil libras egípcias (pouco mais de R$ 330). Mas além da investigação oficial, Salma também enfrenta um processo movido por um advogado egípcio que a acusa de “distorcer a civilização e insultar a grande história faraônica”. Um membro do parlamento do Egito também pediu a imposição de “punições mais severas” à influenciadora.
O sítio de Saqqara virou notícia em setembro, quando arqueólogos descobriram e desenterraram 14 sarcófagos com mais de 2,5 mil anos de existência. Mas o Egito também vem se tornando notícia por instaurar uma espécie de caça a influenciadoras digitais.
De acordo com reportagem do “The New York Times”, desde abril foram presas no país nove mulheres populares no Tik Tok, sob a acusação de “violação dos valores familiares” e submissão a altos valores de fiança.
Da AGÊNCIA O GLOBO