Dupla da missão de estreia da nave Starliner, da Boeing, vai ter que ficar ainda mais tempo do que o previsto no espaço
Butch Wilmore e Suni Williams, os astronautas da Boeing Starliner, deveriam ter chegado na Terra 10 dias após o lançamento, em junho. Mas um problema com a espaçonave causou um longo adiamento, jogando para fevereiro de 2025 a previsão de retorno da dupla. Nesta terça-feira (17), a NASA anunciou um novo adiamento para a missão que vai trazer os dois de volta.
Agora, ao invés de retornarem em fevereiro de 2025, a dupla deverá ter que aguardar no mínimo o final de março do ano que vem para seu retorno. Dessa forma, os astronautas que deveriam ficar apenas 10 dias no espaço, terão ficado quase nove meses por lá.
Mais tempo no espaço
O novo atraso é necessário para que a SpaceX possa concluir uma nova cápsula Crew Dragon para a missão Crew-10, que seria lançada em fevereiro e agora só deve voar em meados de março. A missão contaria originalmente com quatro astronautas, mas perdeu duas vagas justamente para que dois assentos fiquem disponíveis para trazer Suni e Butch para a Terra firme.
Apesar da longa permanecia no espaço possa parecer desafiadora, não é algo exatamente novo para os dois astronautas, que já estiveram na ISS por longos períodos anteriormente. Aliás, o tempo deles por lá também fica longe de bater o recorde de permanência no espaço. Scott Kelly ficou por lá cerca de 340 dias entre 2015 e 2016, enquanto Frank Rubio ficou um ano inteiro em órbita.
A Starliner, que levou os astronautas para a ISS em junho, apresentou vazamentos de hélio e problemas em seus propulsores. Apesar de ter atracado com segurança na estação, meses de testes não conseguiram resolver completamente as falhas. A NASA, então, decidiu que, por questões de segurança, a Starliner retornaria à Terra sem tripulação, o que ocorreu no início de setembro, enquanto Williams e Wilmore aguardam seu retorno em uma cápsula Dragon da SpaceX.
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